A transformação digital e a digitalização aceleradas no pós-pandemia, bem como a crescente pressão para melhorar a eficiência e segurança dos sistemas informáticos, tornaram a escolha entre servidores na cloud ou locais (ou on-premises, se preferir) uma das decisões mais estratégicas para os IT Managers.
Seja no setor financeiro, consultoria, indústria ou automóvel, em Portugal ou nos mercados africanos de língua oficial portuguesa, como Angola e Moçambique, a infraestrutura tecnológica é a espinha dorsal da operação de qualquer organização, pelo que nos merece uma aturada reflexão. Vamos por partes.
Servidores na cloud: escalabilidade e flexibilidade
A cloud é, para muitos, sinónimo de inovação e agilidade. Permite ajustar recursos de forma dinâmica, sem grandes investimentos iniciais, além disto, esta flexibilidade é particularmente útil para organizações com operações em crescimento ou com equipas dispersas geograficamente.
Além disso:
- Liberta as equipas de IT de tarefas como manutenção de hardware, atualizações e backups.
- Os principais fornecedores cloud oferecem níveis avançados de cibersegurança e conformidade com normas internacionais.
- Representa um custo variável (Opex), ajustável ao consumo real — ao contrário dos servidores locais, que exigem investimento inicial elevado (Capex).
Servidores locais: controlo e conformidade
Apesar das vantagens da cloud, há razões válidas para que muitos IT Managers continuem a optar por servidores locais. sobretudo pela necessidade de controlo total sobre os dados e pela soberania da informação.
Vantagens dos servidores locais:
- Maior controlo sobre a infraestrutura.
- Menor dependência de terceiros.
- Possibilidade de operar offline, essencial em geografias com falhas de conectividade.
Em ambientes onde a latência é crítica ou onde há exigências legais específicas de soberania de dados, como pode acontecer em alguns setores financeiros ou em geografias com menor cobertura de datacenters, manter os servidores in-house pode ser a decisão mais prudente.
A perceção de segurança é outro fator determinante. Ter os dados fisicamente dentro da empresa, protegidos por políticas próprias e isolados da internet, pode ser uma vantagem em ambientes de maior risco ou com menor fiabilidade de ligação.
Mas, e a segurança?
Ambas as soluções exigem elevados padrões de segurança:
- Na Cloud temos soluções robustas, auditáveis e mais frequentemente atualizadas. Porém, é essencial avaliar os Service Level Agreements (SLAs), localização dos dados e protocolos de encriptação.
- Nos servidores locais é necessário investir continuamente em firewalls, backups, formação e redundância física.
Em mercados como Angola e Moçambique, onde os riscos de falhas energéticas e de conectividade são reais, a redundância física e o controlo local podem oferecer maior resiliência.
Cloud, local… ou híbrido?
A resposta não é linear. Para muitas empresas, a resposta passa por uma estratégia híbrida: sistemas críticos mantêm-se localmente, enquanto outros processos são migrados para a cloud.
Este modelo:
- Combina escalabilidade com controlo.
- Oferece maior flexibilidade na adaptação às necessidades da organização.
- Permite uma transição gradual e ajustada à realidade operacional e legal.
A decisão deve assentar numa análise criteriosa de custos, riscos e recursos internos. E, acima de tudo, deve ser revista periodicamente, à medida que o negócio e a tecnologia evoluem.
No Sendys Group, acompanhamos diariamente empresas de referência em Portugal e em mercados africanos na definição da infraestrutura ideal para o seu crescimento. A tecnologia certa é um dos maiores impulsionadores da competitividade empresarial.