Sendys expande na América Latina
Alidata e Sendys expandem na América latina
Tecnológica prepara abertura de operações na Argentina, Chile e Colômbia até final de 2017
O grupo Sendys vai abrir escritórios na Colômbia, Argentina e Chile até ao final do ano com o objetivo de iniciar a comercialização nestes países os produtos de software das duas principais empresas do grupo, a Alidata e a Sendys.
Um esforço de internacionalização que surge para compensar a quebra do negócio das operações em Angola e Moçambique, como resultado das dificuldades económicas e da crise cambial nestes países de expressão portuguesa.
Alidata e Sendys também estão presentes diretamente em Cabo Verde, Brasil e mais recentemente na China. Em 2016, Fernando Amaral, registou um volume de negócios de €7,4 milhões (mais 12% do que em 2015), dos quais 60% têm origem no mercado doméstico. Mas o objetivo é aumentar a fatia do negócio além-fronteiras, diz o seu líder, apesar de admitir ser um caminho difícil “porque os processos de negócio são muito mais longos do que em Portugal”.
Outra fonte de negócio internacional resulta da parceria com a Oki, multinacional japonesa de impressoras, que levou ao desenvolvimento da solução ‘Sendys Explorer’ pela Alidata, em Leiria. “É um software de impressão e gestão documental, que atualmente está a ser instalado na origem, pela Oki japão, nos equipamentos multifuncionais de topo de gama destinadas a grandes clientes de mais de 25 países dos cinco continentes”, refere Fernando Amaral. Além da propriedade intelectual, a Alidata presta serviços de suporto 24 horas por dia aos clientes da Oki em diferentes fusos horários.
Aposta em Cernache
Além da parceria com a Oki, a Alidata fundada em Leiria há 33 anos, atua no mercado de software para sectores verticais como manutenção automóvel, manutenção de máquinas e equipamentos, distribuição, retalho e hotelaria.
Já a Sendys, criada em 1984 no seio do grupo Prológica, fez um spinoff em 206. Atua no mercado de software de gestão, tendo como principais clientes consultoras, multinacionais e empresas de contabilidade em Portugal e em países africanos lusófonos. “Cerca de 80% do software vendido é um serviço na nuvem. O negócio das licenças está moribundo”, refere o gestor.
O início do grupo Sendys, que atualmente agrega cinco empresas de base tecnológica e uma de marketing e comunicação, aconteceu em 2011, quando Fernando Amaral adquiriu a Alidata.
Atualmente o grupo conta com 130 (50 trabalham na Alidata, em Leiria), mas a intenção é ampliar um pequeno centro de desenvolvimento na vila beirã de Cernache de Bonjardim, terra natal de Fernando Amaral. “Grande parte das pessoas que trabalham na Sendys são minhas conterrâneas”, revela. Mas este responsável admite não ser tarefa fácil fixar jovens casais qualificados apesar da qualidade de vida que a região proporciona. Para inverter a situação, Fernando Amaral está a criar, em conjunto com a Câmara Municipal da Sertã, um programa de empreendedorismo (com serviços de mentoria e apoios financeiros) que permita aumentar a fixação de empreendedores com ideias de negócio para o resto do mundo.